terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As TIC no processo de ensino. Aprendizagem: uma presença desejável ou indesejável?



Ao longo da última década as novas tecnologias têm ganho uma importância cada vez maior considerada por alguns semelhante à importância dada aquando do aparecimento de outras tecnologias, como o rádio ou a televisão.
A polémica em redor destes novos aparelhos, como os telemóveis, consolas e computadores com acesso à Internet, tem suscitado grande interesse por parte da sociedade devido à mudança social que eles têm vindo a implicar. Actualmente, os pais deixaram de deter o papel de professores, para serem os aprendizes dos filhos, em relação a esta matéria. Isto pode ser explicado pelo facto de o primeiro acesso às TIC ser na escola, na maioria dos casos.
As novas tecnologias, para além do facto de serem úteis e cada vez mais presentes no processo da aprendizagem, assim como, na ocupação de tempos livres são alvo de debate devido ao facto de ser um risco iminente para crianças e jovens. Os autores da União Europeia Safer Internet definem três tipos de riscos. São eles: (1) o acesso a conteúdo menos próprio, como por exemplo pornografia; (2) contacto com desconhecidos que poderão, no futuro, violar os direitos da criança ou jovem; (3) venda e publicidade directa, tal como recolha de informação pessoal, utilizada depois de forma desconhecida e ilegal. E ainda há um outro risco que deve de ser considerado que é a existência de um mundo virtual, que leva a que as crianças deixem de viver em sociedade (real) para passarem a viver neste mundo virtual.
Os esforços para que as TIC possam ser utilizadas em contexto de sala de aula como forma de ensino, têm sofrido alguns entraves como por exemplo a falta de prática, desprazer e até a “tecnófobia” que alguns docentes têm na utilização destes sistemas de ensino. A falta de verbas, para equipar as escolas com o devido material informático, muitas vezes é outro factor de barramento para o uso destes materiais em sala de aula.
De forma contraditória aos argumentos anteriormente referidos, podemos afirmar que os aperfeiçoamentos a nível tecnológico podem ser úteis para crianças e adultos, na medida em que a informação se encontra mais perto, ao som de um clique. Desde que as pesquisas sejam acompanhadas e guiadas por adultos, podem tornar-se importantes para um desenvolvimento de confiança e de conhecimento dos mais novos.
Através de programas como “E.Escolinha” e “E-Escolas” o acesso económico a computadores portáteis tornou-se mais fácil.
Cada criança, pelo que diz o Primeiro-Ministro, tem direito a ter um e a poder utilizá-lo como se pertencesse ao material escolar. Jogos educativos e visitas virtuais a museus fazem parte de um vasto leque de recursos que podem vir a ser usufruídos pelas crianças, quer em contexto de sala de aula quer em casa.
Moodles e blogs são as novas ferramentas utilizadas pelos educadores para partilhar informação com a criança e com os encarregados de educação. Estes têm, pelo menos, dois aspectos que se devem salientar, que são os seguintes: são mais baratos, pois deixa de ser necessário tirar fotocópias de todos os documentos necessários.
De forma que as TIC sejam uma mais-valia na educação, é necessário que seja criado na criança um sentido crítico, para que esta perceba que nem tudo o que encontra na Internet é realmente importante e útil.
Concluindo as TIC são muitas vezes indesejáveis, devido aos riscos de segurança acima referidos (pois uma vez que aprendem a trabalhar com os sistemas informáticos nada garante que ao os utilizarem sozinhos, não o façam de forma indevida), no entanto são indispensáveis uma vez que o desenvolvimento tecnológico está cada vez mais veloz e quase tudo funciona através desta evolução.

Imagem retirada de aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário